quinta-feira, 11 de dezembro de 2008




ANO DE LANÇAMENTO
2007 (Brasil)
DIRETOR
José Mojica Marins Xavier Palud
ELENCO
José Mojica Marins (Zé do Caixão) Jece Valadão (Coronel Claudiomiro) José Celso Martinez Corrêa Rui Resende Adriano Stuart Helena Ignez Milhem Cortaz (padre Eugênio) Cristina Aché (Lucy) Raymond Castille Luiz Mello Rubens Mello Raissa Gregori Guta Ruiz Janaína Afonso (Terezinha) Pedrinho Alessandra Miranda (Laura) Cléo Paris (Dra. Hilda) Thaís Simi (Maíra) Debora Muniz Eduardo Chagas Karina Fernanda Zumba
ROTEIRO
José Mojica MarinsDenison Ramalho
PRODUÇÃO
Paulo SacramentoDebora IvanovCaio Gullane Fabiano Gullane
FOTOGRAFIA
José Roberto Eliezer
DIREÇÃO DE ARTE
Cássio Amarante
EDIÇÃO
Paulo Sacramento
ESTRÉIA NO BRASIL:
8 de agosto de 2008
DISTRIBUIDORA:
Comentários dos Infernautas:
"Quando começam as vendas dos ingressos? " (Gilberto G. Neto)"nossa ñ vejo a hora de começar esse filme " (Francielle)"Que todos reverenciem o mestre do cinema fantático! Dukralho! " (ZoraK666)"08/08/08 O MESTRE DO HORROR RETORNA ÀS TELAS José Mojica Marins, é o Mestre da 7ª Arte, um gênio, um mito e retornará às telas em grande estilo depois de 42 anos eis que finalmente teremos "Encarnação do Demônio" pelos traillers e making off já da pra ver que teremos uma obra prima Peço que vocês participem da comunidade no Orkut do filme e ajudem a divulgar entre os amigos esse tão aguardado filme " (Lucas Smitt)"t? loko pra ver esse filme qndo q sai? (o dia certo mesmo ) vlw " (Max)"FODAAAAAA!!! " (rnando Difth)"Eu tô besta, de queixo caído, com as cenas de torturas dignas de passagem! Meu Deus! " (Yves Lacoste)"acho ótimo!!!!!! mas poderia botar cenas mais demoniacas. " (Beina)"nossa esse filme vai ser demais " (Zé)"Finalmente vou poder assistir um filme do Zé do Caixão no cinema, fico feliz em ter assistido filmes muito bons como Homem de Ferro nesse ano, falta assistir Indiana Jones IV no cinema, vai ser muito bom ter que assistir esse filme no cinema também. " (Mensageiro Obscuro)""À Meia Noite..." é um filme muito bom - um filme que nao seria elogiado pela geração Jason - e espero que "Encarnação" nos traga bom divertimento. Vida longa ao Zé! " (Bruno)"o trash renascerá junto com seu maior mestre! " (mario jorge)"A maquiagem é perfeita demais,na altura dos filmes do gênero gore americanos! " (Luan Murilo)"kkk que ridiculo até eu faço um curta melhor !!!!! que isso... deprav.. (nada contra rsrsrsrs) " (supremus)"O Zé é o Zé! " (RenatoMax)"muito bom " (arkhan)"GOSTARIA DE OBTER MAIS INFORMAÇÕES " (LUCIANO)"Here Comes The MASTER!!!! " (Glauber)"espero ansioso!!!! " (rodrigo huagha)"ha! FALA SERIO DESDE QUANDO ELE FEZ UM FILME QUE DESSE MEDO HEIN? se souber me add rodriguinho128@hotmail.com " (Rodrigo)"Acredito que Mojica tenha feito um excelente trabalho, pois é um gênio. É uma pena não ter o merecido reconhecimento no Brasil. " (Jerilee)"Pessoal, o filme estréia em março de 2008 no dia do aniversário do Zé Mojica. Ele falou que tem uma cena onde uma atriz afunda em um barril com milhares de baratas verdadeiras... " (Marcelo Carrard)"À Meia-Noite Levarei Tua Alma" é o MELHOR FILME DE TERROR que eu já assisti!!!! José Mojica Marins foi o cara que salvou o cinema brasileiro! Espero que "Encarnação do Demônio" corresponda às minhas expectativas!!!! Será a 1ª vez que irei assistir um filme brasileiro nos cinemas!!!!! Ahhh...em breve também chega "A Capital dos Mortos" e "Porto dos Mortos", dois grandes filmes nacionais de terror...além da série "Enigma" e do filme "Lâmia" (sobre vampiros) que terá a participação especialíssima do mestre Mojica!!! É isso aí...o Brasil deve investir no gênero horror! Vlew, Coffin Joe...... " (Ismael Chaves)"Este filme vai ser o melhor do ano!!! " (Matheus Ferraz)"Nossa.. valeu a criatividade minha e do pessoal da BA que ajudou nas roupas... esses trapos ai bege... eu ralei duro uma semana sem folgaaa!!! FIQUEI SUPER FELIZZZ!!! PARABENS PRA TODOS!!! " (Hylka Bessa - Faculdade Belas Artes de São Paulo)"Filme Excelente...Uma boa produção brasileira...Isso que precisamos,=) " (Lucas)"Espero que Mojica Marins retorne com toda a força, pois seu legado sinematografico e seus roteiros são superiores aos de muitas figurinhas badaladas de Hollywood, este é o maior orçamento para um filme do gênero no Brasil e esta em boas mãos, é só aguardar para conferir... Força Mojica Marins! " (Flávio)"Olha... saiu bacana! Algumas cenas lembram J.M... mas gostei! Mas vamos ver como sai não é mesmo?" (Thiago Barroso)
ENCARNAÇÃO DO DEMÔNIO(Encarnação do Demônio / The Embodiment of Evil)
José Mojica Marins marca seu retorno protagonizando e dirigindo Encarnação do Demônio, encerrando uma trilogia iniciada por À Meia-Noite Levarei sua Alma, de 1964, e Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver, de 1967. Após 30 anos preso numa cela para doentes mentais, Zé do Caixão é finalmente libertado. Novamente em contato com as ruas, o sádico coveiro está decidido a cumprir a mesma meta que o levou preso: encontrar a mulher que possa lhe gerar um filho perfeito. Em seu caminho pela cidade de São Paulo, deixa um rastro de horror, enfrentando leis não naturais e crendices populares.
CRÍTICAS Posso afirmar categoricamente que o terceiro episódio da saga do sádico coveiro ZÉ DO CAIXÃO é a melhor produção nacional dos últimos 20 ou 30 anos. Uma obra de hipnótico impacto visual, com uma Direção de Fotografia espetacular de José Roberto Eliezer. Os talentos que auxiliaram nosso querido Mojica foram muitos. Começando com o roteirista Dennison Ramalho, que dirigiu o clássico curta metragem Amor Só de Mãe. Além do talentoso Dennison, a montagem ficou a cargo de Paulo Sacramento, o melhor em atividade no Brasil. Os efeitos especiais assustadores foram feitos por André Kapel responsável por cenas extremas de auto-canibalismo, numa sutil citação ao clássico da boca do lixo, "O Pasteleiro", episódio do longa "Aqui Tarados", de David Cardoso. Duas cenas porém se sobresaem em sua mescla de grotesco e sublime: aquela da mulher saindo da carcaça de um porco e a polêmica sequência do barril de baratas vivas. Sequências raras, que remetem ao mais surreal dos pesadelos.
A presença no elenco do genial Jece Valadão é sensacional! O momento em que ele dá uma surra na ex-mulher é muito absurda e remete a todas as performances clássicas do ator quando interpretava o machão cafajeste, papel que marcou sua carreira e construiu o seu mito. A busca de Zé do Caixão pela mulher superior que irá gerar seu ficho ganha em "Encarnação do Demônio" extremos raramente vistos em nosso cinema. O filme já é um clássico instantâneo do cinema extremo, com sofisticadas referências de toda uma filmografia de gênero que os fãs mais ardorosos vão reconhecer com certeza. As sequências da macumba, da chuva de sangue sobre os amantes - que remete a "Coração Satânico" - e a descida ao Inferno são outros grandes momentos do filme. Mesmo assim, o personagem Zé do Caixão está presente de maneira plena, o filme tem seu espírito, sua força, Mojica não foi domesticado pela produção grande que envolveu esse filme: está ainda mais sádico, ainda mais forte, com muito mais personalidade.As sequências dos corpos suspensos por ganchos são de grande impacto. A montagem correta de Sacramento e o roteiro muito bem solucionado ajudam a criar no espectador uma sensação única ao ver "Encarnação do Demônio" em uma tela de cinema. O filme é um deleite para os sentidos, para paladares sofisticados que adoram grandes filmes de horror. Comparando com a conclusão da Trilogia das Mães, de Dario Argento, afirmo mais uma vez categoricamente que Mojica foi mais bem sucedido que o italiano. A Lenda continua e Mojica merece com certeza nossos aplausos.Marcelo Carrard
Quando a maioria das pessoas escuta o nome Zé do Caixão, logo vem a cabeça a imagem do velho doido que aparecia na TV com unhas compridas e roupa preta para rogar praga nos outros. No entanto, o personagem é muito cultuado pelos fãs de terror do mundo todo graças aos filmes do ator e diretor José Mojica Marins.Na segunda-feira (28/7), assistimos a uma sessão especial para a imprensa de "Encarnação do Demônio", a última parte da trilogia do Zé do Caixão iniciada em "À Meia Noite Levarei Sua Alma" (1964) e "Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver" (1967), ambos lançados em DVD pela Cinemagia."Encarnação" era um sonho de Mojica há mais de 40 anos e, por motivos de força maior, nunca era realizado. Graças aos esforços de Paulo Sacramento o filme conseguiu a verba necessária. O longa é dirigido pelo próprio Mojica, que também escreveu o roteiro junto com o cineasta Dennison Ramalho (Amor Só de Mãe). A produção ficou por conta da Olhos de Cão em parceria com a Gullane Filmes, com distribuição da Fox Film.
O filme narra a história de Zé do Caixão ao ser libertado da cadeia, depois de 40 anos. De volta às ruas, o coveiro sádico está decidido a cumprir a meta que o levou à prisão: encontrar a mulher que possa gerar seu filho perfeito. Em seu caminho pela cidade de São Paulo ele deixa um rastro de horror, enfrentando leis não naturais e crendices populares.Com certeza, o filme será um verdadeiro marco na forma de pensar cinema fantástico no Brasil, e até mesmo no mundo. A estética realista e ao mesmo tempo lúdica nos leva a ficar do lado do pervertido personagem, mesmo quando ele enfrenta políciais e cidadãos, além de superar em muito a violência vista em filmes como "Jogos Mortais" e "O Albergue". Destaque para as interpretações marcantes de Milhem Cortaz (Tropa de Elite), que mostra sua veia cômica teatral e de Jece Valadão, que morreu durante as gravações do longa, mas que fez um descontrolado chefe de polícia. Raphael Fernandes
NOTÍCIAS E IMAGENS (18/07/08) Confira o vídeo abaixo onde o próprio Zé do Caixão roga uma praga a todos aqueles que não assistirem ao filme Encarnação do Demônio, Vale a pena conferir:
(20/06/08) Mais novidades! O Site Oficial está no ar!! Nele, você confere imagens em alta resolução, o trailer, entre outras informações interessantes. Coloque entre os favoritos...

(07/06/08) Está no ar o Blog Oficial do novo filme do Mojica, Encarnação do Demônio, que estreará nos cinemas brasileiros dia 8 de agosto. Escrito por Dennison Ramalho, o blog traz curiosidades sobre a carreira de José Mojica Marins e sobre o novo filme, preparando o público para a estréia do filme! Vale a pena visitar e acrescentá-lo entre os seus favoritos!
(18/08/07) Encarnação do Demônio, novo longa-metragem dirigido por José Mojica Marins, o Zé do Caixão, terá seu pré- lançamento no Festival Cine Mórbido, que tem data marcada para acontecer nos dias 10 e 24 de Agosto no Blackmore Rock Bar, em Moema.
Curiosidades- Primeiro trabalho do diretor em duas décadas – seu filme mais recente é de 1986 -, e o primeiro no qual ele pode contar com uma grande estrutura de filmagem e produção. - Terceira e última parte da trilogia que começou com “À meia-noite levarei sua alma” (1964) e seguiu com “Esta noite encarnarei no seu cadáver” (1966). - Na Mostra Internacional de Cinema, 2007, foram exibidos 25 minutos de cenas e bastidores da produção. - Os animais e insetos utilizados no filme tinham atestado do Ibamae tiveram que vir do exterior. Porque o Ibama não deixa usar espécies nativas. - Pela primeira vez utilizou o som direto. Sempre filmou com dublagem. Se antes errava no plural, consertava na dublagem. Ele "engule" muito o plural e troca o "l" pelo "r". Com som direto, tiveram que refazer várias cenas. - As filmagens iniciaram no dia 4 de novembro. José Mojica Marins preferia começar no dia 2, o Dia de Finados, mas, o processo de pré-produção estava meticulosamente planejado para o início no dia 4. - Dennison Ramalho é diretor do curta Coração de Mãe, e um seguidor da linha Zé do Caixão e o ajudou na feitura do filme. - No elenco de apoio, muitas pessoas do grupo de Zé Celso, no Teatro Oficina, e do grupo Satyros. - Pedrinho neto de José Mojica Marins faz o papel de um garoto que vinha assombrar Zé do Caixão. - Nilcemar Leyart é nome artístico de Diomira Feo. (AdoroCinema)

sábado, 29 de novembro de 2008


VOCÊ TEM MEDO DE QUE?

Texto de Maurício Nunes

O mestre do suspense, Alfred Hitchcock dizia que para se livrar de seus medos, fazia filmes sobre eles. Como nem todos são cineastas, incluindo Jorge Fernando, o que você faz para se livrar de seus medos? Reza? Dorme de luz acesa? Não vai na casa da sogra nem que lhe paguem? Aliás, quais são os seus medos? Morrer? Ser demitido? Brochar? Ser traído? Virar fã da banda Calypso? Enfim, medo é um sentimento que todo mundo tem, desde o mais covarde dos homens ao mais temido deles, pois a coragem é resistência ao medo, domínio do medo, e não ausência do medo. O medo também desperta sentimentos bons, como a honestidade e o verdadeiro amor. Uma pessoa sob a mira de um revolver conta sempre toda a verdade e desmente suas próprias mentiras. Uma pessoa à beira da morte, revela suas maiores paixões e seus verdadeiros amores. O medo de se perder alguém, também desperta o romantismo, não? Mas medinho gostoso mesmo é aquele no escurinho do cinema, onde a gente sabe que é tudo mentira, mas o sangue gela e a mão da nossa companhia quase quebra de tanto que se aperta. Aquele medo que dá asas aos nossos pés e agente flutua pela sala. O cinema é responsável por alimentar este nosso medo e grandes diretores se renderam à arte de assustar, de apavorar os seus espectadores. Kubrick com seu claustrofóbico Iluminado, Polansky com o quase real Bebê de Rosemary e por aí afora. Mas convenhamos que há anos não surgem filmes assustadores, porém como nem tudo esta perdido esta semana eu fui posto à prova de coragem ao ver o filme REC, uma produção espanhola, que os americanos que não são idiotas, já compraram os direitos e estão lançando o remake com o nome de Quarentena. A história – vamos nos conter no espanhol, porque foi ele que eu vi – beira o documentário lembrando um pouco Bruxa de Blair pela idéia até aquele momento inovadora e agora sim bem aproveitada, neste filme assustador. A trama gira em torno de um documentário sobre os bombeiros, que acaba levando a equipe da TV pra dentro de um prédio onde há uma ocorrência. Para surpresa dos bombeiros, equipe da TV e moradores o prédio é interditado e todos ficam presos lá dentro e claro, a câmera da TV é a nossa visão de tudo. Estamos lá dentro com esta turma. Aí meus caros começa o inferno. Com atores excelentes que de tão convincente chega a ser documental, o filme é uma montanha russa de sustos e de sensações também claustrofóbicas. A direção envolve a platéia a cada cena numa numa teia de mortos vivos, suicídios, desespero, ocultismo, pânico, tudo bem diferente da maioria dos filmes atuais, e pasmem vocês, o final não é idiota e sim a parte mais aterrorizante do filme. A jornalista e o câmera da TV ficam presos num dos quartos, porém sem equipamento de luz usando apenas o nightshot da câmera (visão noturna) e aí desperta-se no espectador o seu medo mais sombrio. A criatura vista na tela é apavorante e mostra que os efeitos técnicos de computação gráfica servem apenas pra deixar o filme pronto pra matinê, pois se quer ter medo mesmo aposente o computador e vamos à criatura REAL. Meus caros sete leitores, eu assisti o filme ao lado de um expert no assunto, meu grande amigo Rubão - diretor de terror considerado o novo Zé do Caixão – e ele me confidenciou que foi o filme mais aterrorizante que ele viu. E posso dizer que o peso desta frase dele é a mesma de uma indicação minha sobre Woody Allen. Não vou falar mais (já falei muito) pra não estragar a surpresa, porque fãs do terror: vão ver esta obra. Inovadora, simples, rápida (80 minutos), mas se entrar na história dá pra se levar uns bons sustos. Esta sensação, o medo, deve ser apreciada também, assim como a sensação do prazer, da dor, da alegria, do orgasmo, pois a cada sensação desta nos sentimos vivos e desta forma nos tornamos melhor em algum aspecto, ao notar que a vida vale a pena e que ter medo do escuro é absolutamente normal, o que é imperdoável é termos medo da luz. Arrepiem-se!
Postado por Cinelândia às 19:10

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Tatúrula - Sinfonia do Medo



Apresentação do projeto

O projeto “Tatúrula - Sinfonia do Medo” é um filme de longa metragem independênte escrito e que será, também, dirigido por Rubens Mello. Constituído por sete histórias independentes, elas possuem como elemento de ligação, a criatura do titulo: "Tatúrula". A realidade e a fantasia se misturam numa linguagem gótica e surreal, tendo com premissa as paranóias e os traumas humanos.







As histórias que compõem o projeto são:

A História de André
A História de Iris
A História de Lia
Anunciação
A História de Junior
A História de Lucia e Roberto
A História de Laura.


Objetivo do projeto
Segundo Freud, todo o comportamento humano é basicamente regido pela necessidade urgente de gratificação dos instintos, quer de forma direta, quer alucinatória (através de fantasias). De acordo com a primeira formulação freudiana, as atividades inconscientes (ou do ID) são completamente dominadas por este princípio: a fantasia não se distingue da realidade e, portanto, a satisfação do prazer pode ser imediata. Mas, com o desenvolvimento do ego, a pessoa torna-se consciente das exigências da realidade (Princípio de Realidade); e, quando se estabelece a instituição moral do SUPER EGO, (a pessoa passa a ter consciência de satisfações ideais).
No caso de “Tatúrula – Sinfonia do Medo”, é justamente este desequilíbrio interior que será focado, ou seja, a libertação do inconsciente indo de encontro com seus desejos sem a interferência da censura ou mediação (consciência).
O objetivo deste trabalho é o de apresentar as angústias e os desejos; os medos e as alucinações que servem como combustível que alimentam os monstros que existem em cada um de nós. Certos ou errados, monstros ou humanos, doentes ou pervertidos, as várias encarnações dos “Tatúrulas” andam entre nós.

Considerações sobre violência
Toda e qualquer forma de tentar e exigir com que um outro indivíduo/grupo faça aquilo que não lhe é de sua própria vontade e iniciativa, pode ser considerado como violência. Além disso, o agressor não considera o outro como sujeito, destinando-lhe um único lugar: o de objeto para satisfação de alguma necessidade, não considerando as próprias necessidades da vítima, utilizando-se de força física ou autoritária, psicológica, verbal e sexual. (Ricotta, 1999).
Ricotta (1999) aponta que na violência física, além dos danos físicos propriamente, podem gerar conseqüências psicológicas futuras na vítima. Já na violência emocional/psicológica, os danos estão implícitos na subjetividade do sujeito, gerando seqüelas na conduta de comportamentos sociais e consigo mesmo, relações em geral, além de manifestações somáticas. Esta é a premissa de “Tatúrula”.
Os maus tratos afetivos na infância, provavelmente são os mais graves e difíceis de se avaliar, pois o sentimento de culpa, de angústia, de depressão, de dificuldades de relacionamento afetivos e sexuais na idade adulta, poderá se manifestar em razão dos fatores decorrentes desses quadros traumáticos. O comprometimento se refere à ignorância e/ou à esquiva em lidar com tais conteúdos, quando há a repetição do abuso ou do silêncio em torno da criança. (Gabel, 1997).
Especificamente, o sofrimento da vítima do abuso sexual (que nem sempre é físico, mas pode ser também psíquico), traz efeitos “destruidores” como a vergonha pelo abuso sofrido se internalizar como uma “chaga narcísica”, dificilmente exteriorizada. (Agostini apud Gabel, 1997). Podem-se encontrar vítimas com angústias (sem aparente causa, percebida pelos outros), com dificuldades de relacionamentos afetivos e sexuais futuros, ou ainda com a concepção de que todo o ambiente é nocivo. Summit (apud Gabel, 1997) coloca que este último aspecto é uma forma de síndrome da adaptação das crianças vítimas de abusos sexuais.

Sinopse

Seis crianças têm suas vidas modificadas ao se encontrarem com seus “amigos invisíveis”. Quando adultas, seus destinos se interligam através de seus medos e paranóias, retratados de acordo com seus traumas interiores, resultando em conseqüências trágicas.

Lâmia - Vampiro


LÂMIA
"Ao fogo servirão de pasto.E o sangue dos nossos irmãos estará no meio da Terra".
Andréia Siqueira
Rubens Mello
Rosa Soares
Amauri Martins

Um grupo de vampiros rebeldes decide quebrar o pacto de silêncio, pondo em risco sua sociedade secreta.Uma vidente e um psicólogo decidem trazer Lâmia, a "matriarca" de volta a vida.Só ela pode restaurar o equilíbrio, evitando assim, o apocalipse vampírico.
com o elenco do castelo dos Horrores
Participação de Jose´Mojica Marins
Escrito e dirigido por
Rubens Mello
EtaVision, Abril/2004

Que delícia de ovo-frito


O cinema amador mostra um pouco, como é importante para a sétima-arte e como é fácil montar uma produtora independente

Por Felipe Mathias

Tudo mundo sabe fazer um ovo-frito, basta derreter a manteiga na frigideira e deixar o ovo fritar até que a borda fique dourada e a gema cozida, tempere com sal e pronto para ser devorado. Prático, rápido e gostoso. Agora um omelete não se pode dizer o mesmo, além de demorar a ser feito precisa-se de bons temperos, um mestre cuca que saiba bater bem os ovos e ingredientes adequados para deixar o omelete inquestionável. Porém não são todos que saibam fazer um bom omelete, se for o caso é preferível comer um ovo frito.
Como o ovo-frito o cinema amador pode dizer o mesmo: é prático, rápido e gostoso. Com uma câmera na mão e uma idéia na cabeça podem-se fazer deliciosos e saborosos filmes. Seja com a qualidade desfavorável, a luz nem sempre perfeita, a câmera, normalmente, amadora e ação improvisada, o importante é que todos possam saborear esta pequena película caseira.
O cinema amador é feito em baixo orçamento, com boas idéias e intenções, mas cujos resultados costumam ser tão ridículos que acaba se tornando trash. "Os filmes acabam se tornando trash porque infelizmente não temos dinheiro para comprar ou alugar equipamentos e contratar atores e outros profissionais qualificados" diz Bruno Garcia, 27, responsável pela produtora independente BRV E no Rio de Janeiro. O termo trash não só persegue os filmes amadores como também os filmes profissionais, como confirma Pedro Daldegan, 37, diretor da ex-produtora independente Kobold Pictures em Capinas, interior de São Paulo. "Muitas vezes o termo trash é usado como sinônimo de cinema amador. Eu particurlamente creio que seja uma grande confusão de termos. Cinema amador é o oposto do cinema profissional. Trash é um quase gênero, surgido como cinema de baixo orçamento, e pode ocorrer tanto no cinema profissional como no cinema amador".
Independente de ser gênero ou não, trash se traduzido ao pé da letra é lixo. O cinema amador é trash, e trash é lixo, logo cinema amador é lixo. Mas será que as produções amadorísticas são tão ruins para ser considerado como lixo? Trash foi imposto para os filmes de más qualidades, mas não seja por isto que os classificam como lixos e sim com idéias novas e intenções até inovadoras podendo ser catalogadas, agora assim, como Trash.

Ovo-frito X Omelete

As primeiras ondas de filmes amadores podem ser descrito pelo surgimento das câmeras super-8, possibilitando o público geral a produzir seus próprios filmes. Com os avanços tecnológicos, desenvolvimento dos computadores pessoais e a disponibilidade de recursos de captura de edição, aumentaram as possibilidades de produções amadoras. "O conjunto de equipamentos mudou bastante. A filmadora tornou-se digital, e a edição migrou e se concentrou no micro" diz Pedro Daldegan que começou a filmar com as câmeras super-8 e as camcorde VHS. "A quantidade e qualidade de recursos hoje disponíveis para os amadores é maior do que a disponível para maioria dos profissionais de uma ou duas décadas atrás, o que tem atraído novos entusiastas vindos de outras frentes" completa.
Hoje as câmeras digitais em miniDV são o formato preferencial para a gravação de filmes amadores, possuem preços acessíveis, fazendo com que muitos jovens, sem dinheiro e loucos por cinema optam para este equipamentos em seus trabalhos. Desta forma o custo da produção seja bem mais barato em comparação com os filmes de grandes produções, sendo que seu orçamento não passa em média de 300 reais. "Tirando o custo da câmera, gasto essencialmente com as fitas, alguma fantasia, maquiagem, um Nescau mais groselha, para fazer o sangue. Raramente passa de 100 reais" argumenta Carlos Kleber, 32, fundador da produtora The Dark One no Rio de Janeiro. "Acho que gasto em uma média de 200 a 300 reais com um filme. Isto contabiliza gastos com equipamentos, fitas, Dvd's e entre outras coisas" relata Bruno Garcia sobre o custo médio de suas produções.
Mesmo com um preço baixo há uma vantagem para o cinema amador. Os filmes de grandes produções têm um bom orçamento para produzir seus filmes, contudo, precisam dar lucro e para isto optam por fórmulas já batidas. Enquanto o cinema amador pode aproveitar de sua criatividade, como relata Bruno Garcia "Os filmes independentes levam vantagens, pois são produções baratas e que não possuem obrigação de gerar tanto dinheiro. Por isto, eles têm mais liberdades para criar e apostar em fórmulas diferentes".
Raramente irá encontrar um filme amador em uma sala de cinema, porém podem ser vistos na internet. É por este caminho que as produtoras começam a tomar conhecimento de outros grupos que também faziam cinema amador, o que fez com que surgisse um intenso intercâmbio de trabalhos, inclusive com a organização de mostras e festivais dedicados a amadores que com a internet ganhavam um canal de divulgação. "Existem trechos disponíveis no meu site e também no Youtube, mas a idéia é que até o final do ano tenhamos um canal virtual onde todos os filmes poderão ser exibidos para quem quiser assistir" comenta Bruno Garcia. A própria internet tornou-se um canal de distribuição, mas foi com o advento do Youtube que essa tendência se consolidou de fato. "Eu arriscaria dizer que o principal veículo de divulgação de trabalhos de cinema amador hoje é o Youtube" opina Pedro Daldegan e completa "É impressionante pensar que os curtas-metragens amadores que fiz ha 20 anos podem ser vistos hoje por qualquer pessoa em qualquer parte do mundo".
A maioria não ganha nenhum lucro ao realizar seus filmes, mas para comercializar de alguma forma seus trabalhos aproveitam a internet e outros meios. "Alguns cineastas disponibilizam seus filmes nas locadoras de suas cidades. Há casos de produtores amadores vendendo seus filmes nas bancas e camelôs, e até mesmo exibição em canais de TV comunitária ou em programas ou quadros dedicados a cinema Trash" diz Daldegan ao falar que a comercialização é mais uma forma de divulgação do que de ganhar dinheiro em cima. "Tenho uma loja virtual no site onde os filmes são vendidos e já coloquei em algumas locadoras, mas nada muito organizado" diz Bruno Garcia aproveitando a internet para conseguir um lucro em seus trabalhos. O Carlos Kleber faz o mesmo vende seus filmes via internet e faz propagandas para atrair mais a clientela "Vendo os DVD's praticamente a preço de custo pelo meu site, por dez reais cada um incluindo frete e caixa com capa original. E se chorar ganha desconto".
A produtora é mais um invento para os projetos realizados, não ganham dinheiro com isto, muitos fazem pelo amor que tem com a sétima arte. "Sou jornalista e vivo de jornalismo. Por enquanto, a produtora me dá algumas alegrias, mas nenhum dinheiro" relata Bruno Garcia que pretende futuramente torná-la uma produtora de verdade e comercializar seus projetos.

Omelete caseiro

Muitos que fazem cinema amador, praticamente, ocupam todas as funções de um trabalho cinematográfico. "Eu escrevo o roteiro, decido as locações e faço uma previsão de tempo de filmagem" diz Garcia como é o processo de realização de seus trabalhos. "Eu produzo, dirijo e edito os filmes. Meus amigos e familiares são os atores" argumenta Calos Kleber.
O processo de produção é simples, parecidos com o cinema profissional, porem improvisando. "Depois que escrevo o roteiro, chamo as pessoas para fazer os personagens e marcamos os dias de filmagens. Depois das gravações, vem a edição. Com o filme pronto, faço trailers, capa do DVD e inicio a divulgação pela internet" diz Bruno Garcia em que gasta em média entre três dias a dois messes num filme.
A maioria das produções amadoras são fan films, em geral paródias, de filmes comerciais, como Star Wars e Matrix. Existem também vários roteiros originais, no qual o gênero horror prevalece. Como o filme 'A Carne', filme produzido pela
Produtora “Corte Seco”, onde Rubens Melo é um dos fundadores, juntamente com a EtaVision. "Em A Carne um chefe de cozinha, esta pesquisando a carne mais macia. Ele procura e descobre que o alimento que necessita esta mais perto de ser descoberto do que imagina". conta ele.
Para Rubens Mello, fan de filmes de terror, nunca imaginou produzir algo diferente do gênero, inclusive foi eleito sucessor do Zé do Caixão em 1999, patrocinado pela revista trip e o jornal NP. Rubens acredita que o terror é mais do que arte "Existe poesia nas sombras. Quer mais arte do que o expressionismo alemão?".
“Filmes como ‘A Fantastica Fábrica de Horrores”, da produtora The Darke One, 'Lâmia' da produtora Eta Vision, todos inspirados no gênero horror. Além destes filmes, uns acabam se aventurando fazendo seriados como a produtora BRV E com o 'O vôo do perdigão saga celestina’ ou programas para TV como 'Realidade e Fantasia: Dez mil formas de se matar na cozinha' da produtora Eta Vision. Roteiros originais que acabam virando pérolas trash. Mas seja nos filmes de terror ou outros gêneros cinematográficos, eles buscam outras inspirações, como comenta Bruno Garcia "Tudo que vejo, ouso e leio me inspira: Livros, quadrinhos, revistas outros filmes, teatro, a própria experiência cotidiana me inspira".
Por ser uma produção barata, caseira e sem qualidades muitos não aprovam seus trabalhos. "O que acontece, infelizmente, é que na maioria das vezes, as pessoas já julgam o filme assim que ele começa, só porque a imagem é ruim". Reclama Bruno Garcia que acredita que as pessoas não dão uma chance para estas produções. Para Rubens Mello é um trabalho que tem que ser levado a sério "Tem que tratar nossos projetos com seriedade".
Não se sabe ao certo se no final das contas o cinema amador será valorizado, tal qual, como o cinema profissional, mas o importante é que pessoas fazem isto com muito prazer e dedicação. "O cinema amador para mim é uma paixão" declara Pedro Daldegan. Além de trazer novos profissionais na área do audiovisual "Os filmes amadores são um verdadeiro laboratório onde futuros profissionais do cinema e da comunicação estão experimentando novos formatos que podem ser sucesso daqui a alguns anos" declara Bruno Garcia. Seja um filme simples, barato e com idéias boas, é neles que encontraremos um saboroso filme como um ovo-frito.


A crítica come ovo-frito
Para a crítica um filme bom é necessário ter um roteiro caprichado, bons atores e uma equipe preparada. Já o cinema amador não possui todos estes quietos, tirando o roteiro. A critica acredita que os filmes amadores é tão importante quanto o cinema de produções maiores. "O cinema amador pode ser bem feito e ter um excelente roteiro" argumenta Atila francis, 39, critico de cinema. Para ele um bom filme é aquele em que se pode passar uma mensagem para a sociedade, "Eu gosto de filmes que quebram as barreiras da sociedade e que mude para melhor" discuti Atila. E o cinema amador, mesmo, sendo uma paródia ou satírica, ela pode sim contribuir com a população. "Através do cômico e da sátira, da para levar e transmitir algo para a sociedade. Mesmo nas coisas ruins você tira coisas boas delas" argumenta Atila.
Zé do caixão é um grande personagem do terror trash brasileiro, em que a crítica acaba valorizando seus filmes como 'Esta noite encarnarei em seu cadáver' e 'A noite levarei tua alma'. Outros cineastas acabaram fazendo sucesso com o cinema trash como o Tircerinha que produziu filmes como 'Motorista sem Limites' e 'Coração de Luto' mas conhecido como 'Churrasquinho de mãe' e também o diretor Ivan Cardoso com o seu novo projeto 'Um Lobisomem na Amazônia'.
Diretores consagrados do mundo trash que acabou ganhou reconhecimento pela crítica. "A primeira vez que vi o Zé do Caixão eu não gostei e achei pavoroso e depois voltei a vê-lo, mesmo com a história esdrúxula eu descobri uma coisa boa nele". Argumenta Atila Francis.

Terror na praça roosevelt


Jussara Felix FigueredoCiro Biderman

“Não somente a localização de São Paulo é encantadora, mas respira-se aí um ar puro e vê-se um grande número de bonitas casas; suas ruas não são desertas como as de Vila Rica; os edifícios públicos são bem conservados, e, contrariamente a grande parte das cidades e vilas de Minas Gerais, nela não se tem a cada passo a vista afligida pelo aspecto de abandono e de ruínas” (...) “uma multidão de lojas bem guarnecidas e bem ordenadas, onde se pode encontrar uma variedade de objetos quase tão grande como nas do Rio de Janeiro.” (...) “As pessoas do campo vêm cada dia vender seus gêneros aos comerciantes da Rua das Casinhas – incluindo farinha, toucinho, arroz, milho e charque – num congestionamento de escravos, rurícolas, tropeiros de mulas com seus animais, os quais ao anoitecer abrem espaço a nuvens de prostitutas de categoria inferior”.Auguste de Saint-Hilaire (1851)Voyage dans les Province de Saint Paul et de Sainte Catherine
Uma equipe está fazendo um documentário sobre a revitalização do centro de uma grande cidade na América do sul, uma cidade 12 milhões de habitantes.O ponto de partida é uma velha casa na na praça Roosevelt, recém comprada. Algumas coisas estranhas acontecem no decorrer da obra e do documentário que acaba sendo transformado em filme de terror.Coisas estranhas acontecem e não é claro se estão efetivamente ligados a questões sobrenaturais ou “produzidos” pela equipe. Que acaba se deparando com Dimmy Kieer, uma estranha criatura que viveu, primeiro na região e depois na própria casa desde meados do século XIX. Dimmy e outras criaturas da época retornam ao presente, muitos sempre habitaram a casa e a região. A partir dessa descoberta, “visões” e mortes são freqüentes na casa.

Terror na praça Roosevelt.
O que é o projeto??Um documentário/ficção/terror longa metragem – de 90 minutos.Baseado em fatos da cidade de São Paulo : a imigração, a peste a mistura de línguas e culturas do inicio do século passado, chamando a atenção para essa área que hoje esta degradada, mas que um dia teve sanatório e ate um velódromo num parque publico.Falado em português e italiano com legendas em inglês.A historia começa em 1850 e vem ate os dias de hoje com uma edição não linear.
Porque terror??Terror é um gênero de grande alcance popular, atingindo principalmente os jovens e adolescentes, alem de poder tratar de temas “tabus” como homossexualidade, preconceitos etc.Queremos de uma maneira divertida e acessível contar um pouco da nossa historia para esse publico que é o futuro do Brasil.
Onde vai ser exibido o “Terror na praça Roosevelt”?Será veiculado em centros culturais e festivais do Brasil inteiro e em festivais internacionais, veja em anexo os trabalhos anteriores da diretora.Cinemas de arte e em escolas da periferia, faremos um circuito itinerante pelo pais.Alem de um dvd com o longa + extras do filme: making off, trailler, atores, cartazes.
Duvidas???Entre em contato com a gente: pracaroosevelt@gmail.com