segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Milagres da arte: "Sinfonia do Medo"!



Fazer arte é fazer milagre.
“Quando não se tem verba, melhor é não fazer cinema.”
Muitas pessoas me disseram isto.
Aprendi com Paulo Sacramento que hoje, só faz cinema quem tem um projeto.
Não adianta ter nas mãos um bom roteiro e pessoas talentosas envolvidas...
Mas o problema é fazer os tais projetos!
Infelizmente, existe um preconceito absurdo com o terror nacional.
Exemplo recente foi o fracasso nas bilheterias do fantástico “Encarnação do Demônio” de José Mojica Marins.
E ele conseguiu realizar esta proeza após 40 anos de resistência, justamente pela força de vontade de Dennisson Ramalho (roteirista e assistência de direção) e Paulo Sacramento, produção. E com um belíssimo projeto!
As indústrias parecem ter medo de vincular suas marcas com filmes sanguinários. Com exceção de algumas poucas, claro!
Desta forma, encho o peito e vou à luta. Vou à luta com parceiros com a mesma visão, como tem sido com Rogério Schiavinatto, que conheci numa produção independente chamada “A Chácara Maldita”, breve em DVD para todos conferirem; Parceiros como Vitor Signoretti, que abraçou com sua equipe o quarto curta do projeto “Tatúrula” - a animação “Anunciação”, o grande Raphael Enes fotografia, Zeca, Fernando, Paulo Arós, Liz Vamp, Mojica ...
Impossível citar a todos que, de uma forma ou de outra, vestiram e deram o sangue pelo projeto.
Pelo que ele significa. Pelo que ele é!
E vamos caminhando. Fazendo filme à prestação. Sem prazo de entrega.
Mas creio que em um ano tudo esteja finalizado.
“Quando não se tem verba, melhor é não fazer cinema.”
Mas continuamos seguindo em frente. Zelando com a qualidade.
E o que nos dá esta pilha, que renova o espírito e nos faz virar dia e noite produzindo, são vocês todos que nos abraçam e acolhem com carinho.

Abraçam a idéia.
Abraçam o projeto.

Vocês fãs do gênero, para quem destinamos e ofertamos esta “Sinfonia do Medo”.
E quem sabe eu venha ganhar um dinheirinho com este monstro e, assim,
dar seqüência aos nossos delírios com um pouco mais de tranqüilidade.
Obrigado à todos vocês.

Rubens Mello

(Rogério Schiavinatto e Rubens Mello)

domingo, 1 de fevereiro de 2009

TATÚRULA

Por Eduardo Prates

Ilustração

As imagens online estão disponíveis por 30 dias

Tatúrula – Sinfonia do Medo

O Brasil é um país com poucas produções cinematográficas de horror e quase todas elas provém do meio independente, da iniciativa de algumas pessoas apaixonadas pelo gênero e que através de poucos recursos fazem o que podem para dar luz a sua obra. Quando se toca na palavra independente há quem logo pense no amadorismo ou em produções de baixa qualidade, devido á falta de recursos, mas graças a tecnologia e a criatividade de algumas pessoas esse dito amadorismo vem se dissipando das produções independentes que com o tempo vêm ganhando qualidade e respeito.

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Se retomarmos a história cinematográfica do Brasil e considerarmos as produções ligadas ao cinema de horror, teremos uma clara visão do conjunto de obra de José Mojica Marins que pode sim ser considerado independente em seu inicio, já que os recursos eram mínimos e a criatividade era extraordinária alcançando resultados fantásticos, que infelizmente são pouco valorizados no Brasil, mas muito reconhecido lá fora em outros países que reconhecem o gênero de horror como uma gênero cinematográfico popular, longe do “país do Carnaval” em que a cultura de massa jamais deu espaço para filmes de horror.

Enfim, além do saudoso José Mojica Marins, nosso país vêm abrigando espaço a produções independentes que também vem chamando a atenção, recentemente o projeto “Tatúrula – Sinfonia do Medo”, escrito e dirigido por Rubens Mello e que ainda está em fase de produção mostra-se com potencial para se tornar uma produção nacional do cinema de horror memorável.

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O projeto está programado para ser um longa-metragem, dividido em sete histórias independentes entre si que tem como ponto de ligação a criatura Tatúrula que dá título ao filme, uma entidade sem forma que aparece materializando o medo de suas vitimas. A base do projeto foi fundamentada em conceitos freudianos e tem o como objetivo segundo Rubens Mello: “(...) é apresentar as angustias e os desejos; os medos e as alucinações que servem como combustível que alimentam os monstros que existem em cada um de nós. Certos ou errados, monstros ou humanos, doentes ou pervertidos, as várias encarnações dos ‘Tatúrulas’ andam entre nós.”

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Como o projeto ainda está em produção e por ser um projeto independente, não há prazo para sua conclusão, mas fica a dica para no futuro quando tudo estiver engatilhado, esta nova obra cinematográfica brasileira : “Tatúrula – Sinfonia do Medo”.

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